fernando lopes

 

 

A Flor da Pele é uma performance que surge como um dos produtos do proceso de criação de mesmo nome, iniciado em 2010 e que resultou (e resulta) numa série de trabalhos e ações, como mostras de processos, exposições, ensaios fotográficos, etc, assim como participações em festivais internacionais e prêmios de residencia artística

A partir de questões ligadas á dança contemporânea, á performance e a body art, “A Flor da Pele” se constrói como uma personagem com referências no quadro “O Jardim das Delícias Terrenas” de Bosch, em que é possível notar no quadro flores e frutos saindo e penetrando o corpo das figuras; e da personagem Ofélia, da obra “Hamlet” que, em sua loucura, começa a construir um universo simbólico em que flores sintetizam determinados comportamentos de outros personagens e, que Ofélia passa a ter uma intimidade maior, construindo a partir delas, suas idéias de mundo de relações sociais.

A partir disso, crio a persona Opheliae, uma persona que deseja tornar-se uma planta, e que começa a construir, utilizando-se de flores e agulhas cirúrgicas, metáforas de si mesma, num processo de entender-se enquanto corpoplanta, corpoflor, atravessando e trocando as imagens construídas e esperadas de seu próprio corpo, criando pequenas composições de movimento a partir das sensações criadas pela situação.

Com estes elementos, o trabalho busca proporcionar uma experiência ao espectador, permitindo e forçando-o a adentrar no trabalho e construir relações de sentidos a partir das imagens geradas em cena, num processo híbrido entre jogo coreográfico e improvisação, em que o tema surje mais para provocar o espectador a construir sentido do que o propõe a pensar sobre universos mais específicos.

 

unnamed (2)  unnamed (3)Fernando Lopes é artista corporal graduado em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal da Bahia e diretor executivo e cultural do “Café da Walter”. Atua com hibridismo de linguagem tendo o corpo, enquanto matéria física e subjetiva, como a base de seu processo criativo. Atua como artista na cidade de Salvador desde 2008, sobretudo na área de intervenção urbana, dança contemporânea e performance, além de possuir trabalhos em audiovisual (videodanças e videoarte) e fotografia.

Realizou iniciação científica com Ivani Santana durante um ano na área de dança com mediação tecnológica, com foco em telemática e interação com seres autômatos e integrou o elenco do Grupo de Dança Contemporânea da UFBA por um ano, tendo participado posteriormente de outras atividades com o grupo. Atua também no Grupo X de  Improvisação em Dança como dançarino e produtor.

Possui diversos prêmios pelo seu trabalho, destacando: Menção honrosa Festival do Minuto com vídeo “SCAP”. Edital “Quarta que Dança – edição 2009/2010” com a intervenção urbana “Isso pode não ser dança?” e na edição 2011 com a intervenção urbana “Gráfico Planificado da Violência” e com o espetáculo que é diretor “Sem Título” e edital “Arte para todos” da prefeitura de Salvador com o projeto “Euphorico esteve aqui” realizado junto com cie. Artmacadan (França) e o Grupo X de improvisação em dança.

 

 

Participou com seu trabalho de diversos festivais nacionais e internacionais, com destaque para: FIAC 2012 – dentro da exposição “Interações Ambientais” com a mostra de processo “A Flor da Pele. A PID 2012 com a intervenção “Gráfico Planificado da Violência” e a mostra de processo “A Flor da Pele” e o festival Incorpora – encontros virtuais em performance com a performance “A Flor da Pele”, além de ter estreado recentemente um novo espetáculo do processo de “A Flor da Pele” em Temuco, Chile.

Além de sua graduação, realizou residência artística no projeto “Interações Ambientais” (prêmio FUNARTE) da cia. Franco-brasileira Dezeo Ito, dirigida por Guillaume Lauruol, assim como participou mini-residências, workshops e oficinas com diversos profissionais, com destaque para Marcelo Evelyn (Piauí/Holanda), Alejandro Ahmed (SC/Cena 11), Toshi Tanaka (SP), Toshiko Oiwa (França), Toomi Paasonem (Suécia), Tadashi Endo, Luciana Bortoletto (SP), Sabine Heinze (SP), Holly Cavrell (SP) entre outros.

Atualmente se dedica a desdobrar uma poética que iniciou a quatro anos, intitulada “A Flor da Pele”. Projeto pelo qual foi premiado com a residência artística “Interações Ambientais”, tendo realizado diversas mostras de processo e se desdobrado numa série de produtos, como vídeo, intervenção urbana, mostra de processo, espetáculo de dança e performance.

Atua também como diretor executivo e cultural em parceria com Paula Carneiro no “Café da Walter” na elaboração de programações e ocupações artísticas de maneira independente.

 

 

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