Botaí foi criado a convite do 21o Festival Mix Brasil da Diversidade Cultural. Diante de uma maioria de trabalhos abordando a temática homosexual e queer, esta peça propõem o desafio de levar o homem-macho para dentro desse contexto e aborda-lo à luz da cultura da diversidade. Botaí é uma performance coreográfica que sustenta o lugar da masculinidade como uma construção social. A relação entre os corpos que se observam em círculo dispara um processo ontológico no corpo do performer que parte em busca de um passado primitivo e um presente cheio de potencialidade. É nesse espaço entre, virtual e comum, que se atualizam o formato e a performatividade do sujeito em questão. Ao decorrer desse encontro, a responsabilidade social na construção do outro vai sendo sublinhada, “o homem” somos nós que produzimos dia após dia, para além das nomeações e dos gêneros. Por fim, “botaí” aparece como um pedido de ajuda: ninguém existe sozinho.
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